domingo, 22 de abril de 2012

Encontro literário na Escola Mascarenhas de Moraes


“Quem aqui se lembra de quando estava ainda na barriga da mamãe?” E todos responderam... Eeeuuuu!!!
“Quem aqui se lembra do abraço mais gostoso recebido?” E todos gritaram... Eeeeuuuu!!!
“Quem aqui agradecer ao papai do céu pelo dia maravilhosamente vivido?” E todos repetiram mais ainda fortemente... Eeeeeuuu!!!
Foi assim que iniciei a contar a história de tantos “bebês impossíveis” os quais identifiquei ali, na Escola Mascarenhas de Moraes, na Pitanguinha, na calorosa tarde de terça-feira, 17.
Em tão pouco tempo o livro foi sendo lido,  favorecendo uma participação gostosa e de  mistura entre curiosidade e revelação de que  a ficção não está tão longe da realidade em si. Todos tinham sempre algo muito semelhante a me contar.  Sempre um pouco de suas histórias vivenciadas  em casa ou no ambiente  escolar.
No contexto de tantos eus, ficou mais fácil entender que não é tão difícil assim despertar o prazer na leitura...
Afinal, “quem não se lembra de ter recebido um cafuné  antes de dormir e não ver quem a gente ama partir?” Momento  este que, após lido,  não precisava antecipar logo o seu fim, mas de parar para lembrar que é nessa hora que se deve pontuar com o imprescindível silêncio. Leitura, leitores, é também inferir o que não precisa ser dito. É apreciar o que é essencial  ao entendimento humano.
Confesso também que não foi fácil atender e ouvir tantas crianças querendo contar suas  experiências vividas...  e, ao mesmo tempo, no imenso pátio da acolhedora escola, coordenada pela professora Cícera, deixar o espaço sem guardar no coração este momento tão especialmente gratificante.
Mas o melhor mesmo, ficou para o final, quando a pequenina Tamara fez sua oraçãozinha agradecendo a papai do céu pela sua família,  dia, alimento, tias e coleguinhas dessa escola.
Papel cumprido. Muito bom saber que a leitura serve também como alimento espiritual, despertando para o entendimento de que uma obra faz um leitor, e que as asas são a expressão do pensamento, e a vivência é que determinará os preciosos momentos possíveis alcançados.
Desejo que não seja em vão o caminhar dessas crianças, futuros leitores, diante da cumplicidade e dedicação do ser professor neste nosso dinâmico contexto social e escolar.

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