Reza a lenda, ou é verdade verdadeira, que a leitura é uma via para o conhecimento e a
transformação da sociedade. Apesar da iniciativa do Ministério da Educação
(MEC) em distribuir livros e da compreensão de alguns educadores e gestores
para a necessidade de formar novos leitores, as vias de acesso ao ato de ler
ainda são estreitas em nosso país, o que dirá em nosso Estado.
De que precisamos de mais bibliotecas e salas de leitura,
isso já sabemos. Mas talvez fosse o momento de nos perguntar também como os
livros podem ganhar vida no ambiente escolar, enquanto a luta por uma política de
educação e de leitura eficiente e universal continua.
Como os livros podem ocupar diferentes espaços? Sejam nos baús
e cantinhos de leitura, ou em projetos e ações cotidianas, o texto literário
pode e deveria estar presente em todos os meses do calendário pedagógico.
Nas andanças do Projeto Trem das 10, nós, autores, vemos
como algumas escolas municipais estão fazendo a diferença. Na Escola Eleuza
Galvão, de Marechal Deodoro, duas ações se destacam: a biblioteca móvel, que
percorre as salas e empresta livros, e o projeto de leitura por meio de gêneros
textuais. Em Maceió, a Escola Aurélio Buarque está organizando o acervo vindo
do MEC, enquanto a Orlando Araújo já possui uma biblioteca de referência em
literatura infantil.
Em todas essas situações, os educadores são os personagens
principais. Vem deles a vontade maior de alargar os caminhos. A exemplo disso,
a visita que fiz hoje a escola Padre Silvestre Vredegor foi a resposta a um
chamado da coordenadora pedagógica, professora Wálnia Vieira Couto dos Santos. Ela convidou o
Trem das 10 para ir à escola e democratizar ainda mais a literatura. De pronto
aceitei e fui lá bater um papo com as crianças. Na despedida, a professora falou
que a escola vai fazer um projeto de leitura e queria o contato de uma
contadora de histórias.
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