segunda-feira, 26 de março de 2012

O caminho se faz ao caminhar


Reza a lenda, ou é verdade verdadeira, que a leitura é uma via para o conhecimento e a transformação da sociedade. Apesar da iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em distribuir livros e da compreensão de alguns educadores e gestores para a necessidade de formar novos leitores, as vias de acesso ao ato de ler ainda são estreitas em nosso país, o que dirá em nosso Estado.

De que precisamos de mais bibliotecas e salas de leitura, isso já sabemos. Mas talvez fosse o momento de nos perguntar também como os livros podem ganhar vida no ambiente escolar, enquanto a luta por uma política de educação e de leitura eficiente e universal continua.

Como os livros podem ocupar diferentes espaços? Sejam nos baús e cantinhos de leitura, ou em projetos e ações cotidianas, o texto literário pode e deveria estar presente em todos os meses do calendário pedagógico.


Nas andanças do Projeto Trem das 10, nós, autores, vemos como algumas escolas municipais estão fazendo a diferença. Na Escola Eleuza Galvão, de Marechal Deodoro, duas ações se destacam: a biblioteca móvel, que percorre as salas e empresta livros, e o projeto de leitura por meio de gêneros textuais. Em Maceió, a Escola Aurélio Buarque está organizando o acervo vindo do MEC, enquanto a Orlando Araújo já possui uma biblioteca de referência em literatura infantil.    

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Em todas essas situações, os educadores são os personagens principais. Vem deles a vontade maior de alargar os caminhos. A exemplo disso, a visita que fiz hoje a escola Padre Silvestre Vredegor foi a resposta a um chamado da coordenadora pedagógica, professora Wálnia Vieira Couto dos Santos. Ela convidou o Trem das 10 para ir à escola e democratizar ainda mais a literatura. De pronto aceitei e fui lá bater um papo com as crianças. Na despedida, a professora falou que a escola vai fazer um projeto de leitura e queria o contato de uma contadora de histórias.

O caminho se faz ao caminhar. Se existem atalhos e sinais fechados para o acesso à leitura, é bem verdade que muitos educadores, numa espécie de sobredeterminação, alcançam novos horizontes onde o livro pode se abrir como o nascer do sol emoldurado na janela.    

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